sábado, abril 01, 2006

o faz tudo e cesário verde

(tirada de aqui)


Desde há muitos, muitos anos que se habituou a ver a estátua (busto) dedicada a Cesário Verde.

Durante anos não lhe ligou importância de qualquer espécie.

Fruto da idade e da vida gozona sempre exigente, ia-lhe passando ao lado.

Soube depois que teria sido poeta!

A curiosidade aguçou-lhe a vontade de o descobrir.

É então que sabe que lhe chamaram o "
O Poeta da cidade de Lisboa", contemporâneo de João de Deus, Guerra Junqueiro, Malhoa, Fialho, Columbano e Rafael Bordalo Pinheiro, mas acima de tudo do seu grande amigo Silva Pinto (este que lhe viria a publicar o "Livro de Cesário Verde").

Cruza-se igualmente com a peste e a tuberculose, esta que o acaba por matar, em 1886, deixando versos incompletos.

Poetou, sendo mal digerido pela crítica de então, o seu mais famoso poema, publicado aquando do 3º centenário da morte de Camões,
O sentimento de um ocidental, que mais não é que um narrativo autobiográfico.

Afirmando-se como opositor do lirismo tradicional, falou essencialmente da cidade, amor e mulher, mas detendo-se com mais vigor na temática da cidade que, devido ao desenvolvimento capitalista, a fez perder o encanto da sensualidade, tornado-a fria e subjugada.

Há quem o veja como o grande precussor de Fernando Pessoa, mas decisivamente influenciou poetas posteriores.

Fica aqui apenas uma homenagem a um homem que prematuramente morre (31 anos), quando poderia dar ao mundo das letras um contributo que poucos terão dado até hoje!

E parece ao Faz Tudo que continua esquecido!

Nasceu em 1855, morreu em 1886.

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